04259nam a2200205 a 450000100080000000500110000800800410001910000170006024500540007726000370013130000110016849000310017952037210021065300250393165300200395665300220397670000170399870000210401570000170403610053852015-02-04 2013 bl uuuu 00u1 u #d1 aBENEZ, M. C. aPesquisa-extensão e aprendizagem participativas. aFlorianópolis, SC: Epagric2013 a176 p. a(Epagri. Documentos, 244). aA Pesquisa-Extensão e Aprendizagem Participativas - PEAP é um enfoque metodológico que complementa e reforça os trabalhos de pesquisa e extensão tradicionais, baseados no modelo de transferência de tecnologias de ?centros geradores? para ?comunidades receptoras?. Em resposta a não adoção pelos agricultores de muitas tecnologias geradas dentro deste modelo, abordagens PEAP se desenvolveram com base em uma maior interação de saberes entre pesquisadores, extensionistas e agricultores, visando a construção social de conhecimentos, a maior adequação das tecnologias obtidas aos contextos específicos das comunidades rurais e mais rapidez na aplicabilidade dos resultados , pois as pesquisas são realizadas com os agricultores, na realidade deles. Por esta razão, no início dos anos 80 os principais centros de pesquisa, extensão e desenvolvimento internacionais implementaram o enfoque PEAP e diversas metodologias participativas, adotando diferentes denominações e características teórico-metodológicas, como a pesquisa participativa (termo mais comum), agricultores-experimentadores, pesquisa-ação e aprendizado participativo, entre outras. Estas metodologias se desenvolveram nas décadas seguintes, despertaram crescente interesse no meio científico (sendo discutidas e aperfeiçoadas em seminários, congressos e publicações) e tem sido cada vez mais foco de políticas públicas (federais, estaduais e municipais) que fomentam e oferecem apoio técnico e financeiro a projetos e ações participativas de pesquisa, extensão e desenvolvimento rural. Neste contexto, várias estratégias têm sido propostas visando à implementação do enfoque PEAP e de metodologias participativas nas instituições de pesquisa, extensão e desenvolvimento rural, complementando os métodos convencionais. Porém, mesmo com os resultados e a ampliação das possibilidades que o enfoque PEAP oferece, são muitos os desafios para a sua implementação. Entre eles, o de transformar antigos modelos de atuação (em geral é preciso ousadia e formação específica para experimentar o ?novo?), o 5 de conseguir articular as ações de pesquisadores e extensionistas (que costumam trabalhar separados), e o de mudar comportamentos e atitudes nas instituições (tradicionalmente resistentes a mudanças e inovações). Acreditando que uma maneira de vencer esses desafios se dá através do ?experimentar? e do ?aprender fazendo?, ou seja, de conhecer por experiência própria através de ações contínuas de ação, reflexão, interação e aprendizado, foi iniciado o processo de formação de equipes técnicas da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina - Epagri e de entidades parceiras em PEAP e metodologias participativas, que fizeram parte das ações desenvolvidas pelo Programa de Recuperação Ambiental e de Apoio ao Pequeno Produtor Rural ? PRAPEM/Microbacias 2. Este documento faz uma sistematização e reflexão sobre este processo, que se iniciou em 2004 e se estende até os dias atuais. Em síntese, envolveu duas estratégias que se integraram e se retroalimentaram ao longo do tempo: (a) a formação de equipes técnicas interdisciplinares e interinstitucionais em PEAP, e (b) a implementação de 10 experiências-piloto em PEAP. Estruturamos o documento da seguinte forma: Introdução; i) Marcos de referência e o contexto do desenvolvimento das experiências com PEAP; ii) Aspectos metodológicos do processo de formação, iii) Sistematização das experiências-piloto, e iv) Reflexão sobre os resultados, principais alcances, desafios e perspectivas para a consolidação desse enfoque nos trabalhos de pesquisa e extensão rural. aAgricultura familiar aExtensão rural aPesquisa agricola1 aGOMEZ, C. U.1 aPINHEIRO, S.L.G.1 aSIMON, A. A.