02468nam a2200193 a 450000100080000000500110000800800410001902000180006010000150007824500720009325000100016526000330017530000140020849000280022252019570025065300230220765300290223070000150225910079702015-09-09 1986 bl uuuu 00u1 u #d a85-08-00700-01 aFREIRE, P. aEssa escola chamada vidabdepoimentos ao repórter Ricardo Kotscho. a3 ed. aSão Paulo-SP : Áticac1986 a95p.cil. a(Educação em ação). aNascidos em regiões diferentes do Brasil e separados por uma geração, Paulo Freire e Frei Betto vieram a cruzar seus caminhos pela semelhança de propósitos de seu trabalho: a emancipação do povo brasileiro, para a qual a educação deve contribuir fecundamente. Foi a partir da convivência constante com diversos grupos populares carentes que ambos foram desenvolvendo uma abordagem educacional baseada nas necessidades próprias de cada núcleo, priorizando assim a prática em relação a teorias pedagógicas inadequadas. Respeitando o dinamismo do contato humano, estes dois educadores procuraram romper a relação cristalizadora de dominação que geralmente se estabelece entre professor e aluno, buscando, ao invés disso, pensar a realidade de dentro do universo particular dos educandos, trazendo para a prática educacional a linguagem e a história da coletividade. Essas e outras questões são tratadas por Pulo Freire e Frei Betto em "Essa escola chamada vida", uma conversa que se transformou num livro inteligente, arguto e instigante, sem dúvida, um texto fundamental para a compreensão da realidade brasileira hoje. A atuação corajosa de Frei Betto - dominicano ligado ás comunidades eclesias de base - e de Paulo Freire - educador cuja atividade começou junto a trabalhadores da indústria - revela dedicação e coerência, aliados à convicção de lutar sempre. Tal firmeza acompanhou a vivência de ambos em situações adversas, como quando repudiados pela ditadura: Paulo Freire chegou, no exílio, à formulação teórica da educação popular, enquanto Frei Betto conseguiu, dentro da prisão, que um grupo de detentos despertasse para o autoconhecimento e a consciência crítica da realidade através da dramatização das próprias experiências. É por causa dessa disposição perante o mundo que este livro se enriquece. Mas que uma conversa, este diálogo é uma lição de amor à vida e à liberdade. aEducação popular aSociologia da educação1 aFREI BETTO