03275nam a2200217 a 450000100080000000500110000800800410001910000230006024500550008326000290013830000480016750000250021552026830024065000130292365000250293665000280296165300110298970000230300070000200302370000140304310243862022-09-29 2000 bl uuuu 00u1 u #d1 aSILVA. F. C. T. da aLand and foodb500 years of agriculture in Brazil. aBrasília: Embrapac2000 a192 p.cIl; Possui 1 sobrecapa removível. aInclui bibliografia; aOs primeiros europeus a chegar. O Brasil se viu diante de um universo novo e surpreendente. As pessoas que moravam lá. eram estranhos-diferentes no físico, hábitos e comportamento geral. Muitos escritores deixaram de reconhecer que o imenso território à espera de exploração era densamente povoado por vários milhões de homens e mulheres que logo se tornaram conhecidos como índios, selvagens, bárbaros. Na verdade, porém, essa população era composta por muitos povos com diferentes línguas e culturas. Eles viviam em suas terras há muito tempo, de norte a sul, principalmente na costa ou perto dela. A ocupação lenta mas constante da terra levou à eliminação desses povos indígenas ao longo da costa, à medida que foram gradualmente levados para o interior para áreas mais remotas que os europeus ainda não queriam. Esta sociedade nascente foi construída sobre o trabalho escravo, com os patriarcas como a personificação típica do poder local donos de plantações de açúcar ou vastas fazendas de gado que se estendem do litoral até o sertão semi-árido. O tráfico de escravos enriqueceu os mercadores do Brasil, Portugal e África. e também deixou uma marca profunda na própria noção de trabalho na sociedade. que se desenvolvia na nova colônia portuguesa Pior ainda, desde o início a escravidão corrompeu o coração e a mente dos colonos, deformando a cultura e os hábitos da sociedade colonial no Brasil. A verdade é que o Brasil sempre foi uma empresa agrária, desde os primórdios da colonização, antes mesmo que se imaginasse que poderia se tornar uma grande nação. Mesmo quando a economia mineira estava no auge, com a produção de ouro e diamantes avançando em ritmo acelerado, mais riqueza foi produzida pela agricultura. No século XVIII, enquanto as cidades mineiras de Minas Gerais erigiam magníficas igrejas barrocas cobertas de ouro do chão ao teto, a indústria açucareira do Nordeste gerava ainda mais riqueza do que as minas. A hegemonia da agricultura se consolidaria no século XIX com a ascensão de uma arrogante plutocracia de cafeicultores e seringueiros. Mas, embora o boom da borracha tenha dado origem a uma explosão de opulência no coração da selva amazônica, raramente ameaçou a supremacia dos barões do café em termos de ganhos em moeda estrangeira. Mesmo o ciclo de industrialização que começou em 1930 derivou sua força da terra. De fato, até certo ponto a industrialização implicou sacrifícios para a agricultura. Completada a revolução industrial no Brasil, a agricultura continua gerando riquezas, garantindo o poder aquisitivo do país e produzindo cada vez mais safras. aHistoria aProdução Agrícola aProdução de Alimentos aBrasil1 aLINHARES, M. Y. L.1 aFARIA, S. de C.1 aMOTTA, P.